João Bernardo Vieira, mais conhecido por Nino Vieira foi um político da Guiné-Bissau, por três vezes presidente da República da Guiné-Bissau.
Eletricista de formação, Vieira se afiliou ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de Amílcar Cabral em 1960 e rapidamente se tornou peça-chave da guerra de guerrilha do país contra o regime colonialista português.Logo após eleições do conselho regional no fim de 1972, em áreas sob o controle do PAIGC, que levaram à constituição de uma assembléia constituinte, Vieira foi nomeado presidente da Assembléia Nacional Popular. Em 28 de setembro de 1978, ele foi nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Em 1980, as condições econômicas haviam se deteriorado significativamente, o que levou a uma generalizada insatisfação com o governo. Em 14 de novembro de 1980, Vieira derrubou o governo de Luís Cabral em um golpe militar sem derramamento de sangue, o que levou à desvinculação do PAIGC de Cabo Verde, que preferiu se tornar um partido separado. A constituição foi suspensa e um Conselho Militar da Revolução com nove membros, comandado por Vieira, foi formado. Em 1984, uma nova constituição foi aprovada, fazendo o país retornar a um regime civil.
A proibição de partidos políticos terminou em 1991 e houve eleições em 1994. No primeiro turno das eleições presidenciais, em 3 de julho, Vieira receber 46,20% dos votos, concorrendo com outros sete candidatos. Ele acabou em primeiro lugar, mas não consengiu ganhar a necessária maioria, o que levou a um segundo turno em 7 de agosto. Recebeu 52,02% dos votos contra 47,98% de Kumba Yalá.
Logo depois de uma tentativa fracassada de golpe de estado contra o governo em junho de 1998, o país se viu em meio a uma breve mas violenta guerra civil entre forças leais a Vieira e outras leais ao líder rebelde Ansumane Mané. Rebeldes finalmente depuseram o governo de João Vieira em um novo cessar-fogo em 7 de maio de 1999[1] Ele se refugiou na embaixada portuguesa e se refugiou em Portugal em Junho.
Em 7 de abril de 2005, pouco mais de dois anos depois de outro golpe militar derrubar o governo do presidente Kumba Yalá, Vieira retornou à Bissau de Portugal.[3] Mais tarde, naquele mês, ele anunciou que se candidataria à presidência nas eleições presidenciais de 2005, em junho.
Ele oficialmente derrotou Sanhá no segundo turno, em 24 de julho, com 52,35% dos votos, e tomou posse como presidente em primeiro de outubro.[6]
Em 28 de outubro de 2005, Vieira anunciou a dissolução do governo chefiado pelo Primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, seu rival, citando a necessidade de manter a estabilidade; em 2 de novembro, nomeou seu aliado político Aristides Gomes para o cargo.[7]
Em 1 e 2 de março de 2009, um golpe de Estado derruba-o: após o assassinato no primeiro dia do chefe de Estado Maior das Forças Armadas[8], morto com uma bomba, no dia 2 o presidente é morto a tiro por militares que mantiveram a sua casa debaixo de fogo.
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